Li vários comentários sobre a dupla eleição do deputado estadual Ezequiel Ferreira para presidir a Assembleia Legislativa pelos próximos quatro anos. Nos biênios 2019-2020 e 2021-2022.
Ezequiel já está no cargo há quatro anos e ficará mais quatro. A maior crítica se refere a perpetuação do poder na Assembleia, fato que vem se repetindo desde muito tempo. Num período de 20 anos, apenas três deputados presidiram a AL.
Eu sou a favor da rotatividade. Até mesmo para que novas ideias tenham suas oportunidades.
Porém, não condeno Ezequiel por ter se candidatado e ter sido eleito. Ele obteve 23 votos, constando que apenas Sandro Pimentel não teria votado nele, quase uma unanimidade.
Votaram em Ezequiel todas as matizes ideológicas dentro da composição legislativa atual. Os mais a direita, os mais a esquerda, os de centro, todos escolheram livremente o deputado seridoense para presidir o Legislativo pelos próximos quatro anos.
Então não se pode criticar ou dizer que o presidente usurpou o poder. Ele está lá porque seus pares assim decidiram.
Ezequiel tem todo o direito de postular os quatro mandatos consecutivos na AL, a legislação o permite e os demais deputados deram seu aval.
Se não houve rotatividade foi porque os demais deputados que tinham o poder legal de decidir, assim não o quiseram.