Sem perspectiva de queda na cotação do dólar, quem tem planos de viajar para o exterior precisa acompanhar de perto os preços das passagens aéreas. A boa notícia é que dá para encontrar promoções interessantes neste começo de ano, com descontos que chegam a 33% em viagens para os Estados Unidos, por exemplo.
Nesta segunda-feira (18), quem buscava passagens para cidades como Miami, Orlando e Washington conseguia encontrar opções por menos de R$ 1.200 em companhias aéreas nacionais e internacionais. Para Nova York, dava para achar promoções por R$ 1.300.
Os preços não estão tão baixos como os registrados em alguns períodos de 2015. Em maio do ano passado, era possível pagar, pelos mesmos trechos, R$ 500; em agosto, R$ 962.
Mas, comparando-se com o começo do ano passado, os valores atuais ainda estão bem mais em conta. “Um ano atrás, esses trechos custavam cerca de R$ 1.800”, diz Talita Ribeiro, diretora de comunicação do site de busca de passagens Voopter.
Os valores são para a ida e a volta, e valem para voos partindo de várias cidades brasileiras entre fevereiro e maio. Taxas não estão incluídas.
Consumidor preocupado
As promoções são resultado da queda na procura por voos internacionais, diz Tahiana Rodrigues, gerente de comunicação do comparador de preços Skyscanner. “Os destinos norte-americanos foram os que tiveram uma maior queda nas buscas”, diz. A procura por Miami caiu 23% entre 2014 e 2015.
Segundo ela, já foi possível perceber um crescimento significativo no interesse dos brasileiros por destinos nacionais. “O litoral de Santa Catarina e o sul da Bahia se destacam como lugares desejados para 2016, com crescimento de 44% e 24% nas buscas, respectivamente.”
O editor-chefe do site Melhores Destinos, Denis Carvalho, também observou redução na procura por voos internacionais. “Com a escalada do dólar, os consumidores ficaram mais preocupados com os gastos totais da viagem, que, além das passagens, incluem hotel, alimentação, transporte, ingressos. Tudo isso impacta muito no valor total da viagem.”
Mesmo com a queda na procura, nada garante que as promoções continuem nos próximos meses, diz Carvalho. “As companhias podem, em vez disso, cancelar voos. Com a diminuição da oferta, o preço pode subir.”